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Projeto Experimental apresentado para a disciplina LSL, ministrada pela professora Cássia Torres, do curso de Comunicação Social/Produção Editorial das Faculdades Promove de Belo Horizonte.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Alta da inflação estimula vendas a atacado

Marinella Castro - Estado de Minas

Embalado pela inflação dos alimentos e pelo aumento da renda da população, o segmento atacadista cresce acima da média do varejo. Atacadistas que antes vendiam sobretudo para pequenos comerciantes estão ganhando a adesão de consumidores que preferem comprar em grande quantidade e, assim, fazer uma espécie de poupança no supermercado. A economia é feita com o estoque, principalmente de alimentos e de produtos de limpeza para o lar. De acordo com dados da Associação dos Atacadistas Distribuidores de Minas Gerais (Ademig), no último ano, esse segmento cresceu 10%, enquanto o supermercadista, especializado no varejo, avança aproximadamente 5% ao ano.Quando leva para casa produtos em fardos, o preço pago pela unidade se torna menor, diferença que para muitos é valiosa. Apesar de a inflação ter caído 0,21 ponto percentual em julho, frente a junho, os alimentos ainda são responsáveis por quase metade do índice, que nos primeiros sete meses do ano acumulou alta de 4,19% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este mês, desaceleraram ainda mais (veja matéria na página 13), e mesmo assim os consumidores continuam driblando os preços.Na opinião deles, a economia está na quantidade. Quanto mais produtos, menor o valor total dos gastos. Juliana Valente, autônoma no ramo de culinária, adotou há quatro meses o novo modo de comprar. Em vez de dois quilos de sabão em pó, agora vão cinco. O mesmo vale para o feijão e o arroz, refrigerantes e até o energético do filho esportista. “Levo embalagens grandes, porque o preço compensa. Os produtos duram pelo menos dois meses.” Na ponta do lápis, ela acredita que está economizando cerca de R$ 160 com o supermercado.Em redes do gênero atacadista, como o Apoio Mineiro, que administra três lojas em Belo Horizonte e uma no Ceasa, as vendas para o consumidor final já representam 70% do volume comercializado. “Atendemos principalmente as classes C e D, embora a freqüência das classes A e B também seja notada. São consumidores que buscam preço e variedade”, comenta o gerente de Marketing da empresa, Antônio Celso Azevedo. Com 7 mil itens entre marcas líderes, tradicionais e próprias o clube de vendas Sam’s Club considera que o crescimento da renda da população é o fator que mais contribui para o avanço do segmento.
Com lojas no Ceasa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Montes Claros, no Norte de Minas, o atacadista Villefort também já registra aumento das vendas ao consumidor final. O supermercado atribui isso à busca pelo preço menor. “Observamos o crescimento de consumidores vindos do interior, que viajam especialmente para comprar em grande quantidade. Na maioria das vezes, dividem os produtos com familiares e parentes”, diz a Gerência de Marketing do Villefort.

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